“Pastel: A Arte do Colorido Suave e Expressivo”

O Pastel é um material artístico para pintura ou desenho, disponível em barra, bastões cilíndricos ou lápis. É constituído por uma mistura de carbonato de cálcio com pequenas quantidades de tragacanto ou alcatira, que servem como aglutinantes.

O nome “pastel” vem do latim medieval Pastellum, pasta de malha, ou apenas pasta. A palavra francesa pastel apareceu pela primeira vez em 1662. A maioria das marcas produz gizes de uma cor, cujo pigmento original tende a ser escuro, desde pigmento puro até quase branco, misturando diferentes quantidades de giz. Esta mistura de pigmentos com gizes é a origem da palavra “pastel” em referência a “cor pálida”.

História:

“A fabricação de pastéis originou-se no século XV. O pastel foi mencionado por Leonardo da Vinci, que conheceu o artista francês Jean Perréal após a chegada desse artista em Milão em 1499. “É um material elegante para pintar a seco”, se referiu Leonardo, comparando esta característica peculiar do pastel com outras técnicas, como a aquarela, o guache ou a pintura a óleo. O pastel às vezes era usado como um meio para estudos preparatórios de artistas do século XVI, como Federico Barocci. O primeiro artista francês a se especializar em retratos em tons pastel foi Joseph Vivien.

JOSEPH VIVIEN(1657 – 1734) Retrato de Madeleine-Geneviève Guillieaumon née Dupuis 1722 Pastel sobre Papel 79 x 64 cm
“Edgar Degas foi um inovador em técnica pastel e usou-o com um vigor quase expressivo depois de 1885, quando se tornou seu principal meio.”
Rosalba Carriera – Pastel sobre Papel


Foi nos séculos XVI e XVII que a técnica do pastel ganhou força, principalmente entre os artistas italianos e franceses. O ápice veio com a artista italiana Rosalba Carriera e os artistas Quentin de la Tour e Jean-Baptiste Perronneau no século XVIII. Foi uma técnica muito utilizada por grandes pintores contemporâneos, como Edgar Degas, Odilon Redon e Pablo Picasso na realização de retratos e na representação da figura humana, mas foi também utilizada nas obras de paisagem de artistas, como William Turner.

Assim como nas tintas a óleo, o pintor pode fabricar o próprio pastel. Os materiais necessários são: o pigmento desejado, água destilada, papel mata-borrão, espátula, superfície impermeável e aglutinante. O modo mais comum de se adquirir o pastel são os comercializados. Nas lojas, podem ser encontrados pastéis de diversos tipos de barras, de cores e de preços e variadas qualidades.

Tipos de pastel:
Os bastões ou apenas pastéis consistem em pigmento em pó puro combinado com um aglutinante. A composição e as características exatas de um giz pastel individual dependem do tipo de pastel e do tipo e quantidade de aglutinante utilizado. Também varia de acordo com o fabricante.

Pastel Seco:

Este material pode ser utilizado em quase todas as superfícies de papel, mas apresenta um inconveniente na sua utilização, pois uma vez utilizado no suporte pode-se tornar um desafio apagar parcialmente o Pastel Seco sem deixar vestígios. Os pastéis secos utilizaram historicamente aglutinantes, como goma arábica e goma de tragacanto. A metilcelulose foi introduzida como uma pasta no século XX. Muitas vezes, um componente de giz ou gesso está presente. Eles estão disponíveis em diferentes graus de dureza, sendo que as variações mais macias são envolvidas em papel.

Pastel Oleoso:

Esse tipo de pastel foi inventado na primeira metade da década de vinte. A primeira marca de pastel a óleo foi a Sakura Cray-Pas, comercializada a partir de 1925, através da colaboração iniciada em 1921 entre Rinzō Satake, Shōkō Sasaki e Kanae Yamamoto. A sua fabricação é semelhante à do pastel seco, tendo como diferença o óleo, componente que acabará por dar nome a este material. O Pastel de Óleo pode ser diluído no suporte usando um pincel e, ao contrário do Pastel Seco, é um material que, em excesso, pode ser facilmente removido, pois, com a ajuda de ferramentas, como um x-acto ou uma faca, pode simplesmente retirar-se o engano.

Pastel Pan:


Pastéis Pan são uma invenção do século XXI, os pastéis pan (pan pastels) são semelhantes a maquiagem e podem ser aplicados com esponjas macias. Podem ser usados para uma pintura inteira ou misturados com outros tipos de pastéis

Solúveis em água:

Estes são semelhantes aos pastéis secos, mas contêm um componente solúvel em água, como o polietilenoglicol. Isso permite que as cores sejam diluídas para uma consistência uniforme, semitransparente, usando uma lavagem com água. Os pastéis solúveis em água são feitos em uma variedade restrita de tons em cores fortes. Eles têm as vantagens de permitir fácil mistura, dada a sua fluidez, bem como permitir uma variedade de efeitos de cor dependendo da quantidade de água aplicada com uma escova na superfície de trabalho.

Escolha da superfície:
A superfície escolhida deve ser adequada para a realização da obra. Podem ser usados papéis, cartões ou telas.
Para o papel, é necessário que seja sempre uma base áspera. Isso resulta na maior fixação do pastel na superfície. Quando o papel é liso demais, a estabilidade do material e a intensidade das cores ficam comprometidas. Além disso, a execução pode ser prejudicada, visto que a chance do pastel borrar em lugares indesejados fica maior. Quando o papel é rugoso e, portanto, mais adequado, as possibilidades de execução são maiores: as cores ficam mais intensas, pode-se esfumar áreas e não esfumar outras.

Riscos à saúde:

O pastel é um meio seco e produz uma grande quantidade de poeira, o que pode causar irritação respiratória. Mais seriamente, os pastéis usam os mesmos pigmentos que as pinturas dos artistas, alguns dos quais podem ser tóxicos. Por exemplo, a exposição a pigmentos de cádmio, que são amarelos brilhantes comuns e populares, laranjas e vermelhos, podem levar a intoxicação por cádmio. Artistas de pastel podem ser especialmente suscetíveis a tais envenenamentos, devido ao pó criado com Pastel Seco. Por esse motivo, quase todos os pastéis modernos são feitos com substituições de cádmio, cromo e outros pigmentos tóxicos, apesar de manterem por vezes os nomes tradicionais de pigmentos. Desde 1940 que a associação internacional ACMI (The Art & Creative Materials Institute, Inc.) regulamenta a segurança dos materiais, representando mais de 200 fabricantes de todos os continentes. Todas as marcas de pastel que tenham o selo de aprovação AP são consideradas não tóxicas, até mesmo para crianças.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *